Honduras confirmou 1.524 casos de bicheira em animais desde setembro de 2024.
Tegucigalpa, 28 de maio (EFEverde).- Autoridades hondurenhas confirmaram nesta quarta-feira um total de 1.524 casos de bicheira em animais desde que o país declarou alerta sanitário em setembro de 2024.
O coordenador nacional do Programa Bicheira do Serviço Nacional de Sanidade e Inocuidade Agroalimentar (SENASA), Ángel Barahona, informou que 56 novos casos de infestação de bicheira em animais foram registrados na última semana.
Ele observou que a peste afetou principalmente o gado, embora 95 casos também tenham sido relatados em cães, então ele recomendou que os fazendeiros tomem muito cuidado para evitar ferimentos em seus animais.
EfeitosBarahona explicou que a bicheira é causada pelas larvas da mosca Cochliomyia hominivorax (Coquerel), que deposita seus ovos em feridas abertas de animais de sangue quente, incluindo humanos. Após a eclosão, as larvas se alimentam de tecido vivo, o que pode levar à morte se não for tratado prontamente.
Embora Honduras tenha sido declarada livre da bicheira em 1996, a autoridade alertou que "a mosca retornou e está parasitando animais e até pessoas".
"Sem ferimentos, não há infestação de vermes. É preciso estar atento (aos animais), examiná-los diariamente, tratar todos os ferimentos e, se identificar infestações de vermes, é muito importante usar produtos recomendados e autorizados pelo SENASA, manusear as infestações adequadamente e nunca deixar os vermes caírem vivos no chão", disse o especialista.
Ele também pediu aos fazendeiros que não transportassem animais feridos ou infestados e que notificassem imediatamente as autoridades de saúde sobre quaisquer casos suspeitos.
A presença da bicheira em animais foi confirmada em setembro de 2024, levando à declaração de emergência sanitária no país centro-americano.
Além dos casos em animais, Honduras registrou pelo menos 49 casos de bicheira em humanos, doença que, até janeiro passado, só havia sido detectada em animais no país, segundo dados do Ministério da Saúde.
O primeiro caso da doença em humanos em Honduras foi confirmado em 6 de fevereiro, afetando um homem de 80 anos da cidade de Catacamas, Olancho, que já se recuperou. EFEverde
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