O CERN registra a transmutação de chumbo em ouro, por uma fração de segundo, em seu grande acelerador de partículas

Genebra, 8 de maio (EFE).- O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), em Genebra, informou ter registrado medições em seu grande acelerador de partículas que "quantificam a transmutação de chumbo em ouro", embora este último exista apenas por uma fração de segundo.
Ele observou que, embora o ouro tenha sido produzido artificialmente em laboratório sob bombardeio de nêutrons ou prótons, o experimento conhecido como "ALICE" agora mediu a transmutação de chumbo em ouro "por meio de um novo mecanismo envolvendo colisões próximas entre núcleos de chumbo" dentro do Grande Colisor de Hádrons (LHC).
ALICE é um dos projetos mais significativos desenvolvidos pelo CERN, cujo LHC é o acelerador de partículas mais poderoso do mundo.
A agência observou que, além de demonstrar a possibilidade de converter chumbo em ouro artificialmente em laboratório, o desenvolvimento da física nuclear no século XX também levou à descoberta de que elementos pesados poderiam ser transformados em outros naturalmente, por meio do decaimento radioativo.
"Os núcleos de ouro emergem da colisão com energias altíssimas e atingem o tubo de feixe do LHC ou os colimadores em vários pontos a jusante, onde se fragmentam imediatamente em prótons, nêutrons e outras partículas individuais. O ouro existe apenas por uma pequena fração de segundo", explicou a organização científica.
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efeverde