Sánchez garante que a Espanha reduziu em 17% as emissões de CO2 associadas à eletricidade.

Madri, 28 de julho (EFE).- A Espanha reduziu as emissões de CO2 associadas à geração de eletricidade em 17% em relação ao ano anterior, como parte da "terceira prioridade" do governo: adaptação e mitigação das mudanças climáticas, enfatizou o primeiro-ministro Pedro Sánchez nesta segunda-feira.
Ao fazer um balanço da situação política atual e relatar as ações do governo nos últimos seis meses, em uma coletiva de imprensa em Moncloa, Sánchez revisou as conquistas do executivo em relação às prioridades acordadas há dois anos, que também incluem a economia e o emprego, o fortalecimento do estado de bem-estar social e o fortalecimento das instituições.
"Uma política consciente"Em sua aparição, Sánchez lembrou que, em 2018, a primeira medida adotada por seu governo foi a declaração de emergência climática no país e, desde então, a Espanha tem tido "uma política consistente de transformação energética e adaptação e mitigação a esta emergência climática".
Nos últimos seis meses, medidas e leis "muito importantes" foram promovidas, segundo o chefe do Executivo, como a Lei de Prevenção à Perda e ao Desperdício de Alimentos, "que ajudará a evitar que mais de 1,3 milhão de toneladas de alimentos de boa qualidade sejam desperdiçados a cada ano no país — o equivalente a todos os alimentos que vão para 26 milhões de refrigeradores domésticos neste país".
"Reforçamos a proteção dos nossos ecossistemas, declaramos dez novas áreas especiais de conservação dentro da Rede Natura 2000, ampliamos o programa Moves III, que busca promover veículos elétricos e conectados, e conseguimos reduzir em 17% as nossas emissões de CO2 associadas à geração de eletricidade em comparação ao ano anterior", destacou.
Redução de gases de efeito estufaSánchez considerou tudo isso um "motivo de orgulho" para a Espanha, pois indica que o país está crescendo e que a economia "cresce fortemente, com emprego de qualidade, com coesão social" e com uma "redução bastante significativa, em comparação com 2018, de gases de efeito estufa e CO2".
"Isso tem muito a ver com uma política que combina crescimento econômico com a transição ecológica, e demonstramos, diante daqueles que negam os dados e a ciência, que podemos crescer e reduzir as emissões de CO2", disse ele.
Sánchez também destacou que as ações adotadas por seu governo nessa área levaram a Espanha a ser nomeada "a quinta grande economia mais sustentável do mundo" em um ranking elaborado pela Universidade de Yale (EUA).
"Mesmo assim, está claro que não podemos ficar complacentes porque as mudanças climáticas continuam avançando, e a Espanha, assim como muitos outros países europeus, ainda está longe de ser o país verde e resiliente com que sonhamos", alertou.
Ele também considerou que devemos continuar promovendo a circularidade dos sistemas de produção, "para que os resíduos se tornem um recurso importante para outras indústrias" e, portanto, devemos continuar investindo em energias renováveis, armazenamento e interconexões energéticas.
efeverde