Acesso às provas em jogo no novo julgamento contra o megaprojeto petrolífero da TotalEnergies em Uganda

Quase dois anos após o mandado de intimação apresentado por cinco ONGs e 26 indivíduos, o segundo julgamento contra o megaprojeto de petróleo da TotalEnergies em Uganda está programado para começar em audiência pública na quinta-feira, 15 de maio, no Tribunal Judicial de Paris. Desta vez, o objetivo dos demandantes, incluindo a Friends of the Earth, a Survie e a associação ugandense Africa Institute for Energy Governance (Afiego), é obter uma indenização.
Ao final do primeiro julgamento, em fevereiro de 2023, não conseguiram que os tribunais se pronunciassem preventivamente sobre o plano de vigilância elaborado pela TotalEnergies para proteção contra possíveis violações de direitos humanos e ambientais, conforme exigido pela lei sobre o dever de vigilância das multinacionais e suas subsidiárias. Esses ataques se materializaram desde então e, de acordo com os demandantes, o prefeito deve ser condenado a compensar as vítimas de forma justa pelos danos sofridos, ou seja, a perda de suas terras e de seus meios de subsistência.
Há dois anos, os juízes consideraram "inadmissível" a primeira queixa apresentada ao abrigo da nova lei, justificando a sua decisão, em especial, pelo facto de as reivindicações das associações terem mudado substancialmente desde o início do processo, em 2019. Isto foi um revés para aqueles que faziam campanha contra este projeto de abertura de novos campos petrolíferos, que consideraram "climaticida" e prejudicial para as populações locais e para a biodiversidade.
Restam 74,7% deste artigo para você ler. O restante é reservado para assinantes.
Le Monde