Parques Nacionais: ameaça de fusão com a OFB preocupa territórios

O RMC discute o caso de onze parques nacionais e áreas naturais protegidas, como as Calanques de Marselha, Mercantour e Reunião. Desde o anúncio da Ministra das Contas Públicas de que pretende extinguir ou fundir um terço das agências estatais, os parques têm se preocupado com uma possível fusão com o Escritório Francês para a Biodiversidade.
Uma fusão que, segundo eles, poderia levá-los a perder suas raízes locais. Sobre esse assunto, um relatório do Senado publicado no início de julho alimentou suas preocupações. Ele propôs a integração dos parques nacionais ao OFB. O objetivo, segundo a relatora, é a simplificação. Ao eliminar as 11 estruturas jurídicas dos parques, isso, ela acredita, reduziria os custos ocultos associados à sua gestão.
Um projeto que "contraria totalmente a preservação ambiental e a necessidade de proximidade", segundo Stéphan Maurin. O presidente do Parque Nacional de Cévennes lamenta essa medida contábil. Hoje, os onze parques operam com um orçamento anual de pouco mais de 70 milhões de euros. "Isso não é nada comparado aos 40 bilhões que precisam ser arrecadados", suspira o eleito.
Os parques também estão preocupados com a perda de eficácia de suas ações. Hoje, o sistema em vigor permite o estabelecimento de projetos conjuntos com as autoridades locais, que contribuem para o seu financiamento. Por exemplo, a criação da reserva da enseada de Sugiton, em Marselha. Se a cidade não tivesse participado da decisão, teria sido muito mais complicado convencê-la a financiar este projeto, acredita Didier Réault, presidente do Parque Nacional das Calanques.
Do lado do OFB, um representante sindical destaca que o Escritório já gerencia a contabilidade, a folha de pagamento e o treinamento dos agentes dos parques nacionais. Segundo ele: "Já estamos no máximo do que podemos fazer em termos de compartilhamento de recursos, mantendo a razoabilidade." Por enquanto, o Ministério das Contas Públicas garante que nada foi decidido ainda sobre o futuro dos parques nacionais.
RMC