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Zonas de Baixa Emissão: A lei de "simplificação" está ameaçada na Assembleia. As ZFEs serão mantidas?

Zonas de Baixa Emissão: A lei de "simplificação" está ameaçada na Assembleia. As ZFEs serão mantidas?

O texto eclético, em sua forma atual, inclui uma ampla gama de disposições para indivíduos, empresários e comerciantes, que vão desde a simplificação do regime de locação comercial até a emissão de licenças IV para a venda de bebidas alcoólicas. As principais batalhas parlamentares inicialmente giraram em torno da simplificação da ação pública e de uma revisão "à francesa" das agências estatais e órgãos consultivos que provavelmente serão extintos. Sem "motosserra" ou "machado", o Ministro da Simplificação, Laurent Marcangeli (Horizontes), havia prometido. No final, cerca de vinte pessoas foram alvos, para grande consternação da esquerda, que denunciou cortes às cegas, mas também da direita e da extrema direita, que deploram a falta de ambição.

Mas a maior parte da batalha foi travada em torno de questões ambientais — com ambientalistas denunciando um "desmoronamento acelerado da lei ambiental" — e os marcos do primeiro mandato de cinco anos de Emmanuel Macron.

Os Republicanos e o Rally Nacional de fato garantiram a abolição das zonas de baixas emissões, que excluem veículos mais antigos e poluentes, com o apoio de algumas vozes macronistas e da LFI, embora estas últimas se oponham ao restante do projeto de lei. Contra a esquerda e parte do bloco central, a direita e o RN também garantiram uma reversão significativa da "artificialização líquida zero" (ZAN), uma medida para combater a ocupação de terras, permitindo que as autoridades locais "excedam em até 30%" o limite de áreas urbanizáveis.

Votos amplamente divulgados que "sobrecarregam tudo", incluindo alguns "compromissos interessantes", lamenta o relator Stéphane Travert, filiado ao grupo macronista Ensemble pour la République (EPR). "Só os radicais se manifestaram", lamenta Travert, considerando "responsavelmente" impossível uma revogação total das ZFEs, em nome da "saúde pública". Embora os grupos devam decidir formalmente na manhã de terça-feira, os deputados do EPR já registraram um voto contra no domingo, reenviando a versão senatorial à comissão mista (CMP, sete deputados e sete senadores) encarregada de encontrar um compromisso. Esta é uma decisão importante, visto que a soma dos seus votos aos dos grupos de esquerda, que são altamente críticos do texto, equivale à maioria absoluta.

"Os defensores da cultura do compromisso" só a defendem "quando há uma vitória no final do que defendiam", desabafa Ian Boucard (LR), que apresentou uma das emendas que removeu a ZFE. "Há uma maioria a favor da sua revogação e, além disso, é uma exigência do povo francês. Eles estão completamente fora disso", comenta o deputado Jean-Philippe Tanguy, do RN. O texto está, portanto, em votação desfavorável, mesmo que a mobilização de cada lado, a decisão final dos grupos na terça-feira e o monitoramento das posições também possam ter impacto. Alguns macronistas cogitaram a abstenção na segunda-feira.

Qual o futuro da lei da “simplificação”?

O partido Horizontes, de Édouard Philippe, votará a favor do projeto de lei. Ele "inclui um grande número de medidas de simplificação aguardadas por nossa economia e nossos concidadãos; precisamos acelerar", afirma o líder do grupo, Paul Christophe. Quanto à ZFE, "isso não basta para rejeitar o texto, especialmente porque há uma forte chance de que se trate de uma emenda legislativa" — sem relação com o texto inicial — que acabaria sendo rejeitada pelo Conselho Constitucional, acredita Christophe.

SudOuest

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