Aagesen abre a Convenção do Clima em Ponferrada nesta segunda-feira com um apelo ao consenso.

Madri, 13 de outubro (EFE) - Uma delegação governamental, liderada pela vice-presidente Sara Aagesen, inaugurará nesta segunda-feira em Ponferrada (León) a Convenção para um Pacto Estatal para Enfrentar a Emergência Climática. A convenção busca angariar apoio de todos os setores diante de uma emergência que é particularmente difícil para a Espanha devido à sua geografia.
Há "um grande desejo de consenso" para aprimorar o rascunho inicial, de acordo com fontes do Ministério da Transição Ecológica, que especificam que este é um fórum aberto ao diálogo e à cooperação, no qual administrações, especialistas e sociedade civil trabalharão juntos para lançar as bases de um pacto estatal contra as mudanças climáticas.
A convenção, que vai até terça-feira, tem como objetivo reunir propostas para o combate às mudanças climáticas, um desafio que ficou particularmente evidente na Espanha nos últimos meses com vários desastres naturais.
O objetivo é que o processo seja "muito aberto", com contribuições de todos para, finalmente, submeter o trabalho ao Congresso, embora a data dependa do ritmo do trabalho.
O programa da convenção é estruturado em três sessões plenárias sobre políticas florestais, políticas hídricas e resposta governamental a emergências e financiamento.
Haverá também mesas redondas com diversos atores da sociedade civil, e os parceiros sociais poderão apresentar suas propostas. Serão abordadas questões transversais relacionadas à reflexão geral sobre a emergência climática, incluindo a localização da Espanha, seu nível de vulnerabilidade e o trabalho que está sendo realizado nesse sentido.
Dos governos regionais, o Ministro da Habitação da Cantábria, Roberto Media, anunciou que as comunidades autônomas e cidades governadas pelo Partido Popular não participarão do evento.
Ele explicou que o quadro proposto pelo governo espanhol para chegar a um acordo sobre a emergência climática é "insuficiente, unilateral e não se ajusta à realidade jurisdicional e territorial da Espanha".
Portanto, as comunidades não participantes solicitaram a suspensão do pacto governamental até que uma "verdadeira estrutura de cogovernança" seja acordada e as negociações comecem para um Acordo de Adaptação e Boa Governança de Emergência, com financiamento estável e critérios objetivos.
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