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Um estudo alerta para o impacto econômico territorial desigual do plano climático espanhol.

Um estudo alerta para o impacto econômico territorial desigual do plano climático espanhol.

Tarragona, 29 de maio (EFE).- Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Rovira i Virgili (URV) de Tarragona alerta que o Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNIEC) 2020-2030 pode gerar um impacto econômico desigual entre as comunidades autônomas, favorecendo as regiões mais populosas e com maior peso econômico, como Madri, Catalunha e Andaluzia.

A análise avalia os efeitos do PNIEC em termos de produção, valor agregado e emprego, e observa que, embora o investimento planejado de € 308 bilhões tenha um impacto geral positivo — com quase € 345 bilhões em produção adicional e 1,8 milhão de novos empregos — "os resultados mostram que ele reforça a influência das regiões já mais dinâmicas e não reduz as desigualdades territoriais existentes".

De acordo com o estudo, a Catalunha é a única região que apresenta ganhos nos três indicadores analisados, enquanto regiões como Galícia, Castela e Leão e Extremadura estão apresentando perdas relativas, principalmente em emprego.

As diferenças são explicadas, segundo os autores, pelos critérios de alocação territorial adotados no estudo, que combinam o tamanho populacional e a contribuição de cada região para a produção de energia. "Se o investimento inicial for efetivamente alocado com base nesses indicadores, regiões com menor população, menor atividade industrial e menor presença de empresas do setor energético receberão menos investimentos", apontam.

"Esse desequilíbrio inicial tem consequências diretas: o investimento impulsiona o crescimento econômico local por meio de contratações, consumo e ativação de setores complementares. Se uma região recebe menos investimento, gera menos atividade produtiva, cria menos empregos e recebe menos renda dessa cadeia de valor", acrescentam os autores.

O estudo, desenvolvido no âmbito do projeto europeu SPECTRUM, propõe uma nova metodologia para avaliar esse desequilíbrio com base em indicadores que comparam o investimento direto recebido com os resultados finais em cada território. EFE

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dpj/rq/cc

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