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Hidrovias impulsionam a industrialização no Mercosul

Hidrovias impulsionam a industrialização no Mercosul

Com novos projetos, tecnologia e soluções ambientais, setor hidroviário busca consolidar o modal como ferramenta de desenvolvimento regional.

O transporte hidroviário tem deixado de ser apenas uma alternativa logística para se tornar protagonista em projetos que combinam eficiência, sustentabilidade e potencial de transformação econômica no Mercosul. No painel “Como a iniciativa privada está transformando o transporte fluvial no Mercosul”, especialistas destacaram como o modal pode induzir a industrialização, atrair cargas de maior valor agregado e se adaptar aos desafios climáticos com inovação.

Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande (RS), ressaltou que a confiança na hidrovia como canal logístico confiável está sendo conquistada, superando uma barreira que, segundo ele, era mais cultural do que técnica. “Durante décadas, viramos as costas para a hidrovia. Hoje, o mercado começa a entender que o navio que vem buscar a carga sabe que ela está a bordo de uma embarcação confiável, com contrato e prazos cumpridos”, afirmou.

Além do impacto ambiental positivo, o setor privado tem apostado em soluções que posicionam a hidrovia como um instrumento estratégico de desenvolvimento. Diego Azgueta, CEO da InterBarge, destacou que a combinação entre confiabilidade operacional e baixo custo permite oferecer serviços mais atrativos para cargas industriais. “Hoje conseguimos entregar eficiência e serviço de qualidade ao mesmo tempo. Isso abre espaço para novas cargas, inclusive industrializadas, como já começa a acontecer no Paraguai”, disse.

A hidrovia como vetor de industrialização também foi tema das falas de Francisco Mackinlay, CEO da Atria Logística. Ele lembrou que regiões mediterrâneas, tradicionalmente exportadoras de commodities, têm potencial para atrair plantas industriais, desde que o serviço fluvial ofereça previsibilidade e frequência. “Se há uma hidrovia eficiente, essas áreas ganham capacidade de industrializar. Mas é preciso garantir navegação o ano todo, e isso só acontece com investimento, tecnologia e financiamento”, pontuou.

O painel também abordou o papel ambiental do modal fluvial. Regis Prunzel, diretor de Portos da América do Sul da Cargill Agrícola, ressaltou que a eficiência está diretamente ligada à redução de emissões. “Ao garantir previsibilidade e maior aproveitamento logístico, conseguimos reduzir o número de caminhões nas estradas e as emissões por tonelada transportada. Essa é uma consequência direta da eficiência”.

portalbenews

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