Portos da Bahia não serão privatizados, afirma presidente da Codeba

Antonio Gobbo defende revisão dos estudos da Antaq e diz que a companhia apresenta resultados positivos
O presidente da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), Antonio Gobbo, comentou sobre a concessão parcial dos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus durante o processo de consulta pública conduzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo ele, não há qualquer intenção de privatizar a estatal nesta gestão.
“Hoje, a orientação estratégica do governo federal não tem nada a ver com privatização. Muito pelo contrário. É o aumento da valorização do ativo portuário para que se possa fazer melhores contratos. Hoje a Codeba é uma companhia lucrativa, que distribui dividendos para os seus acionistas, que distribui participação nos lucros. Resultados que nunca tinham acontecido antes”, afirmou Gobbo.
Os estudos elaborados em gestões passadas, segundo o presidente da Codeba, precisam ser revistos. “Os estudos oferecidos à consulta pública deverão ser completamente revisados e atualizados em seus aspectos técnicos, para que se enquadrem nessa nova diretriz. A Codeba está apresentando suas considerações e contribuições de forma propositiva, no ambiente da consulta pública, que é o fórum adequado para tal”, acrescentou.
Atualmente, a Antaq conduz a Audiência Pública nº 4/2025, que trata da concessão parcial dos portos de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus. O modelo em discussão prevê investimentos de R$ 1,64 bilhão ao longo de 35 anos, incluindo obras de dragagem, reforço do cais de Salvador, pátios de triagem de caminhões, melhorias de acessos terrestres e implantação do sistema de gerenciamento de tráfego de embarcações (VTMIS).
O processo ainda está na etapa de consulta pública, que segue até 9 de setembro, período em que sociedade e comunidade portuária podem apresentar contribuições.
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