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Financiamento, mitigação e adaptação: três temas-chave da COP30

Financiamento, mitigação e adaptação: três temas-chave da COP30

Madri (EFEverde) – A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a primeira a ser realizada na Amazônia, começa em poucos dias. A conferência deste ano terá como foco temas cruciais como financiamento, mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Nos debates que antecederam a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que terá início na próxima segunda-feira, 10 de novembro, em Belém, Brasil, foram destacadas as negociações para garantir financiamento para o combate às mudanças climáticas e a falta de metas de redução de emissões por parte de diversos países.

Novos compromissos climáticos

Na verdade, a COP30 será fundamental para a apresentação de novos planos climáticos (Contribuições Nacionalmente Determinadas ou NDCs) pelos países para 2035, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura da Terra a menos de dois graus.

Em 30 de setembro, apenas 33% dos signatários do Acordo de Paris – 64 de 194 – haviam apresentado suas contribuições, e entre os que ainda não o fizeram estava a União Europeia (UE), que, segundo ambientalistas, deixou de liderar esse processo.

Nesse contexto, o secretariado da Convenção sobre o Clima apresentou o Relatório de Síntese de 2025 sobre as NDCs submetidas, que destaca que as medidas climáticas estão sendo implementadas sistematicamente no mundo real, mas precisam ser "ampliadas e aceleradas".

O secretário-executivo da ONU para as Mudanças Climáticas, Simon Stiell, alertou a este respeito que, apesar dos progressos, "o ritmo das mudanças ainda não acompanha a urgência do momento, uma vez que os desastres climáticos atingem todas as nações com mais força a cada ano, com custos humanos e econômicos colossais".

Portanto, nas semanas que antecederam a COP, a ONU apelou aos países que ainda não apresentaram os seus compromissos para que o façam rapidamente, num contexto em que a fragilidade desses compromissos impede que se avance com a rapidez necessária.

"As novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e a situação geopolítica não oferecem sinais encorajadores de que isso vá acontecer, mas é isso que os países e os processos multilaterais devem resolver para reafirmar o compromisso coletivo e a confiança na concretização da meta de temperatura do Acordo de Paris", afirmou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na terça-feira.

Um roteiro para financiamento

Outro ponto fundamental da COP30 será o financiamento, ou seja, como e quem pagará pela luta contra as mudanças climáticas, especialmente nos países em desenvolvimento, após o acordo em Baku de atingir 1,3 trilhão de dólares anualmente até 2035.

A este respeito, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apelou à elaboração de um roteiro "credível" que permita que este dinheiro chegue ao Sul Global.

Brasil e Azerbaijão, país anfitrião da COP do ano passado, devem apresentar um relatório sobre como atingir essa meta, com o qual pretendem responder à insatisfação com a meta de 300 bilhões de dólares anuais estabelecida no ano passado e considerada insuficiente por muitas nações.

Segundo a ONU, esta cúpula poderá ser a última oportunidade para os países do Sul Global colmatarem o défice financeiro que limita a sua capacidade de resposta às alterações climáticas, embora se prevejam tensões entre a urgência de agir e os interesses de alguns dos principais países emissores, que exigem maior clareza sobre a forma como os fundos serão distribuídos e como o seu impacto será medido.

Portanto, este é um problema em que "as dificuldades persistem", nas palavras da ONU, que tem reiteradamente sublinhado a necessidade de garantir o financiamento para o combate às alterações climáticas.

Melhorar a adaptação

A COP30 também abordará como melhorar a adaptação e a resiliência climáticas, ou seja, como agir para evitar e reduzir os riscos associados às mudanças climáticas.

Com o aumento do impacto das mudanças climáticas em todo o mundo, a agenda de adaptação tornou-se mais relevante, e espera-se que ela ganhe maior visibilidade e que sejam feitos progressos para ajudar os países a se prepararem.

Nesta área, o principal objetivo da COP é a conclusão do programa de trabalho sobre indicadores de adaptação, lançado em Dubai em 2023, conforme explicado pelo Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (Miteco) em seu site.

Paralelamente a essas questões, o Brasil também buscará focar em combustíveis sustentáveis, com o objetivo de quadruplicar a produção até 2035, ou na criação do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (FFTP), que visa premiar os países que conservam suas florestas tropicais.

Tudo isso visa fazer da COP30 "a COP da verdade", nas palavras do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que espera que as palavras se traduzam em ações. EFEverde

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