Diante dos sindicatos agrícolas, o RN entre o flerte e a tensão
A cena se tornou familiar: bois impassíveis observam uma massa humana eriçada de varais e câmeras passarem. Os espectadores se aproximam e seus rostos muitas vezes se iluminam quando veem a cabeça de Jordan Bardella aparecendo, às vezes concentrada, às vezes enrugada com um sorriso forçado. E aqui e ali, como se tivessem vindo para o show, um ou dois bonés amarelos com coletes com o slogan: "Deixem-nos em paz, deixem-nos trabalhar". No domingo, assim como no ano passado, o presidente do Rally Nacional iniciou sua maratona de dois dias na Feira Agrícola. A oportunidade de mostrar sua cumplicidade com o mundo rural e agrícola, seus profissionais e seus sindicatos, em primeiro lugar a Coordenação Rural (CR), reconhecível por seus chapéus amarelos e seu estilo deliberadamente turbulento e até mesmo violento. Mas também para se aproximar da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores na Agricultura (FNSEA) e de seu aliado, os Jovens Agricultores (JA), tradicionalmente mais próximos da direita tradicional. Em suma, tentar se dar bem com todos – com exceção da Confédération paysanne, que é de esquerda – mesmo que isso às vezes signifique confundir a própria mensagem política.
Com os principais representantes do mundo agrícola, o partido de extrema direita percorreu um longo caminho. Após votarem pela censura ao governo Barnier em 4 de dezembro, os deputados da Frente Nacional se expuseram a uma campanha bastante ofensiva da FNSEA. “Ao votar pela censura, os deputados
Libération