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Incêndios em Portugal: situação melhora graças à descida das temperaturas

Incêndios em Portugal: situação melhora graças à descida das temperaturas
Incêndio visto de Castelo Novo (Portugal), 21 de agosto de 2025. VIOLETA SANTOS MOURA/REUTERS

Apesar da melhoria da situação devido à descida das temperaturas, Portugal continua a combater violentos incêndios na sexta-feira, 22 de agosto, incluindo um no centro do país que está a mobilizar cerca de 1.600 bombeiros apoiados por meios aéreos, segundo a proteção civil.

"Poderá ser provavelmente (...) o maior incêndio alguma vez registado em Portugal", disse Paulo Fernandes, professor do Departamento de Florestas da Universidade de Trás-os-Montes, sobre o incêndio que deflagrou em Arganil há cerca de dez dias. De acordo com dados provisórios, Fernandes estima a área devastada pelo fogo em cerca de 60 mil hectares.

Assim como a vizinha Espanha, que também foi atingida por incêndios históricos neste verão, Portugal tem enfrentado uma calmaria nos incêndios florestais desde quinta-feira, graças à queda das temperaturas que deve continuar nos próximos dias. Desde o final de julho, esses incêndios já causaram três mortes e vários feridos graves , inclusive entre bombeiros, e destruíram casas e fazendas.

Diante da magnitude dos incêndios, Portugal solicitou reforços há uma semana no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Atualmente, conta com a assistência de duas aeronaves suecas, dois Canadairs gregos e um helicóptero francês Super Puma.

Quase 276 mil hectares queimados desde o início do ano

"Só quem não conhece o país (...) pode pensar que é possível estar em todos os lugares, a qualquer hora, e antecipar o surgimento e a rápida propagação de todos os incêndios", justificou-se na noite de quinta-feira o Primeiro-Ministro Luis Montenegro, criticado pela sua gestão dos incêndios. Após uma reunião extraordinária do gabinete na quinta-feira, anunciou medidas de emergência, incluindo financiamento, até ao limite de 250 mil euros, para a reconstrução das principais residências destruídas e ajuda aos agricultores.

O chefe de governo também reconheceu a necessidade de refletir sobre a gestão florestal e o atual sistema de proteção civil. A pedido da oposição, ele terá que explicar a gestão de incêndios na próxima quarta-feira no Parlamento.

De acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), um indicador do Observatório Europeu Copernicus, quase 276.000 hectares arderam em Portugal desde o início do ano. Em 2017, mais de 563.000 hectares arderam, incluindo durante incêndios devastadores que mataram 119 pessoas. O país tem sido severamente afetado pelo aquecimento global, causando ondas de calor e secas que alimentam incêndios florestais.

O mundo com a AFP

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