Loire. Linha SNCF Saint-Étienne/Lyon: um projeto para reforçar um aterro enfraquecido

O mau tempo de 17 de outubro de 2024 ainda está nas manchetes... No outono passado, a chuva incessante causou grandes danos no Vale do Gier e nas Montanhas Pilat. Mas, desde então, outros problemas foram descobertos. É o caso perto de Tartaras, onde a linha ferroviária entre Saint-Étienne e Lyon foi interrompida devido a um novo deslizamento de terra.
"Esta linha é a mais movimentada da França, excluindo o tráfego na região de Paris. Portanto, é justo realizar a obra o mais rápido possível e da melhor maneira possível", explica Didier Llorens, gerente de operações da SNCF Réseau. E o mínimo que podemos dizer é que o projeto é significativo.
Com um custo estimado de quase 5 milhões de euros (incluindo estudos) e totalmente cobertos pela SNCF Réseau, essas melhorias estavam planejadas há muito tempo, mas estavam programadas para 2027. "Diante da realidade do perigo que a situação poderia representar, decidimos antecipar a reabilitação", continua ele.
Após um longo e meticuloso esforço para preservar a flora e a fauna, os trabalhadores tomaram posse do local há quase uma semana. "Estabelecemos o acampamento base na Estrada do Moinho Glattard, no município de Tartaras. Isso facilita o acesso a dois locais próximos um do outro para trabalhar em áreas entre os túneis de Cholet e France, nos municípios de Trèves e Tartaras."
A intervenção foi necessária devido à proximidade com a linha férrea, uma distância estimada em quase 5 metros. "A velocidade dos trens foi reduzida para quase 40 km/h neste trecho. Isso nos permite trabalhar durante o dia sem interromper o tráfego da linha", acrescenta o gerente, especificando que "no entanto, isso não é isento de consequências para o horário dos trens". Um muro de concreto será construído ao longo de 100 metros lineares, bem como um revestimento com concreto projetado para evitar que o rio eroda a estrutura. Na base da construção, uma fundação contínua, sob o leito do Gier, proporcionará maior estabilidade ao edifício.
Na segunda zona, 200 metros a jusante, a engenharia de usinas será utilizada para estabilizar as margens. "Tipos específicos de usinas serão instalados para restaurar a capacidade total do curso d'água", explica Didier Llorens, acrescentando: "Também serão criados esporões rochosos para diminuir a velocidade da água e devolvê-la para o outro lado."
Serão realizadas melhorias para preservar a flora e a fauna, principalmente com a criação de abrigos para aves como o martim-pescador. Tomando todas as precauções, o gerente do projeto anunciou que a obra deverá ser concluída "no final de setembro", para evitar o período associado ao risco de novas inundações.
Le Progrès