O aquecimento global causará perdas significativas de produção nas principais nações agrícolas

No final de uma primavera anormalmente quente na França e no norte da Europa, com uma seca já evidente, os agricultores estão monitorando ansiosamente as previsões meteorológicas e o retorno de uma onda de calor em breve.

Um estudo americano, publicado na quarta-feira, 18 de junho, na revista Nature , dificilmente os tranquilizará quanto às perspectivas de longo prazo. Ele modela, para diferentes regiões do globo, os efeitos do aquecimento global até o final do século sobre a produtividade de seis culturas principais (trigo, milho, arroz, sorgo, soja e mandioca), que representam dois terços das calorias consumidas em todo o mundo.

Com base em dados regionais de mais de 50 países, o estudo conclui que, para cada grau adicional de aquecimento em comparação com a era pré-industrial, o equivalente a 120 quilocalorias por dia por pessoa poderia ser perdido. "Com +3 °C de aquecimento, isso equivaleria a todas as pessoas na Terra pararem de tomar café da manhã", resume Andrew Hultgren, economista da Universidade de Illinois (EUA) e primeiro autor do estudo.

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