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Programação energética: Deputados aprovam em comissão texto sem componente nuclear

Programação energética: Deputados aprovam em comissão texto sem componente nuclear

Porque se tratava de uma versão amplamente reformulada, até mesmo "distorcida", do chamado projeto de lei "Gremillet" do Senado, que foi aprovada. Inicialmente, o texto do Senado previa uma revitalização massiva da indústria nuclear, com a manutenção da frota existente e o desenvolvimento de novas capacidades nucleares, o que corresponderia à construção de pelo menos 14 EPRs até 2050. E embora apenas os Insoumis e os ecologistas se oponham veementemente à revitalização da energia nuclear, a comissão rejeitou o artigo sobre energia nuclear.

De fato, o Rally Nacional, embora favorável a uma revitalização radical do setor, preferiu votar contra. "Lamento que o bloco central tenha se unido à esquerda quando o Rally Nacional poderia ter sido um aliado no aumento da capacidade da nossa frota", declarou Maxime Amblard, deputado de extrema direita, afirmando esperar que "os sinais enviados" sejam "bem compreendidos" pela sessão pública. O Rally Nacional quer uma nova capacidade correspondente à construção de cerca de quarenta EPRs até 2050.

Por outro lado, o grupo socialista também criticou Antoine Armand, relator do texto, deputado macronista e ex-ministro, pela falta de "abertura e compromisso". O deputado Karim Benbrahim denunciou que "o relator permanece alinhado com a posição da direita senatorial e parece olhar mais para o Rally Nacional do que para os socialistas". Seu grupo defende uma retomada que considera "razoável" diante do atraso no desenvolvimento das energias renováveis, com a extensão da vida útil das usinas existentes para 60 anos e uma nova capacidade até 2050 equivalente à construção de 8 novas usinas de energia renovável.

Este texto deverá inspirar o decreto que estabelece o roteiro energético da França, que o governo deve publicar até o final do verão, como François Bayrou havia declarado no final de abril. O primeiro-ministro concordou em incluí-lo na pauta da Assembleia Nacional, após ameaças de censura da oposição, principalmente da Revolta Nacional, que denunciava a ausência de votação sobre medidas que comprometem a França há décadas. A versão do texto aprovada em comissão também inclui outras vitórias de uma ala da esquerda que irritam o bloco central, como, por exemplo, a restauração do status da EDF como estabelecimento público industrial e comercial e o restabelecimento das tarifas regulamentadas de venda de gás.

Em termos de objetivos, o texto prevê aumentar a participação de energia livre de carbono para pelo menos 58% do consumo de energia na França até 2030, enquanto o país deve estar no caminho da neutralidade de carbono até 2050, após a aprovação de uma emenda pelo relator. A esquerda, da LFI aos socialistas, lamentou o fato de o texto não especificar a participação de energia renovável a ser alcançada. Em particular, teria preferido uma meta de 40% de energia renovável na produção de eletricidade.

SudOuest

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