A Fundação Banco Energia e a Universidade Luiss apresentam o primeiro volume sobre pobreza energética.

Roma, 30 de outubro (Adnkronos) – O número de famílias afetadas pela pobreza energética na Itália está crescendo: 2,36 milhões hoje, ou 9% do total, com um aumento significativo especialmente nas ilhas e no noroeste do país. O fenômeno afeta pequenas cidades e áreas suburbanas com mais intensidade do que as grandes cidades, evidenciando uma crescente disparidade territorial.
Ao mesmo tempo, 77% dos italianos afirmam estar preocupados com o aumento dos custos de energia e gás e temem não conseguir arcar com as contas nos próximos anos, enquanto dois em cada três acreditam que, sem intervenções estruturais, a pobreza energética está fadada a piorar. Os dados, compilados pelo OIPE e pela Ipsos, são o foco do primeiro volume dedicado a este tema no país: "Pobreza Energética e Acesso Equitativo à Energia: Uma Reflexão sobre a Sociedade Contemporânea", produzido pela Fundação Banco dell'Energia em colaboração com a Universidade Luiss e publicado pela Editora da Universidade Luiss.
O livro. Apresentado hoje no campus universitário da Viale Pola, o livro entrelaça dados, depoimentos e experiências, analisando o fenômeno — pela primeira vez — não como um evento isolado, mas como um indicador das desigualdades que permeiam nossa sociedade, através de três perspectivas complementares que conectam história, economia e sociedade. No capítulo "Fogo Invisível", o ensaísta e escritor Cesare Alemanni reconstrói a evolução da relação entre civilização e energia, demonstrando como o acesso a esta última permanece uma medida concreta de justiça social e inclusão, utilizando como exemplo o modelo da Fundação Banco de Energia.
Em "A Eletrificação das Desigualdades", o professor de Economia Política Cesare Pozzi analisa as causas econômicas estruturais da pobreza energética, destacando como o aumento da desigualdade de renda e riqueza impacta o acesso a bens essenciais e o risco de exclusão. Por fim, a professora Paola Valbonesi, presidente do OIPE – Observatório Italiano da Pobreza Energética, e Nando Pagnoncelli, presidente da Luiss School of Government e da Ipsos, oferecem um panorama nacional e as percepções públicas sobre o fenômeno, confirmando que o combate à pobreza energética representa um dos principais desafios sociais que a sociedade enfrenta hoje. O volume, portanto, visa ser uma ferramenta de conhecimento e conscientização, combinando rigor científico e evidências concretas para promover um acesso mais equitativo e compartilhado à energia, estimular o debate público e ajudar a moldar novas vias de intervenção em uma área que afeta diretamente o cotidiano de milhares de famílias.
A Fundação Banco dell'Energia e a Universidade Luiss unem forças para combater a pobreza energética. A colaboração entre a Fundação Banco dell'Energia e a Universidade Luiss foi essencial para a produção deste volume, fruto do desejo de construir uma ponte entre o conhecimento e a ação, entre o mundo da pesquisa e o da solidariedade concreta. Desse encontro de visões, surgiu a ideia de criar um livro capaz de abordar a pobreza energética não apenas por meio de números, mas também por meio das histórias, reflexões e experiências daqueles que a enfrentam diariamente.
"Uma das missões da universidade é transformar o conhecimento em impacto concreto, construindo pontes entre a pesquisa, as instituições, as empresas e a sociedade civil. A transição energética justa e sustentável representa um desafio complexo e urgente, que exige a contribuição de todos os envolvidos. Este volume, publicado pela nossa editora e fruto de uma colaboração com a Fondazione Banco dell'Energia, oferece uma reflexão autorizada e inovadora, capaz de analisar o fenômeno da pobreza energética na Itália em profundidade e a partir de perspectivas diversas e complementares", afirmou Paolo Boccardelli, Reitor da Universidade Luiss.
“A pobreza energética é um dos maiores desafios sociais da nossa época: compreender o fenómeno é essencial para o combater e identificar soluções que possam ajudar muitas famílias a viver com tranquilidade e segurança”, comentou Roberto Tasca, Presidente do Banco dell'energia. “Criámos este livro em conjunto com a Universidade Luiss para sensibilizar para um tema de interesse supranacional, que exige o compromisso conjunto de instituições, empresas e do terceiro setor. Ao longo dos anos, o Banco dell'energia angariou mais de 13 milhões de euros para apoiar cerca de 17.000 pessoas; só em 2024, destinámos mais de 4 milhões de euros a iniciativas concretas. Continuaremos a trabalhar para fortalecer esta rede de solidariedade, promovendo projetos de grande alcance que combinem apoio financeiro, educação e responsabilidade coletiva.”
O evento. Na Sala das Colunas, no campus da Luiss em Roma, além do Reitor Paolo Boccardelli e do Presidente da Fundação Banco de Energia, Roberto Tasca, estiveram presentes os autores do livro: Cesare Alemanni, escritor e ensaísta; Nando Pagnoncelli, Presidente da Escola de Governo da Luiss e da Ipsos; Cesare Pozzi, Professor de Economia Política da Luiss; e Paola Valbonesi, Presidente do OIPE. O encontro foi moderado por Massimo Sideri, correspondente e colunista do Corriere della Sera e professor da Luiss.
Banco de Energia e o Manifesto. Criada por iniciativa do Grupo A2A, a Fundação Banco de Energia tem como missão combater a pobreza energética, protegendo o direito de acesso à energia. Com o Manifesto "Juntos para Combater a Pobreza Energética", lançado em 2021 como um apelo aberto a empresas, instituições e sociedade civil, o Banco criou uma rede com mais de 100 signatários — incluindo empresas, organizações sem fins lucrativos, fundações e institutos de pesquisa — comprometidos com intervenções concretas em todo o país. Ao longo do tempo, projetos abrangentes foram desenvolvidos para apoiar cidadãos vulneráveis, contribuindo para o pagamento de contas e a substituição de eletrodomésticos obsoletos, além de promover iniciativas de longo prazo, como melhorias na eficiência energética por organizações parceiras e a criação de comunidades de energia renovável e sustentável. Ao longo dos anos, o Banco de Energia arrecadou mais de € 13 milhões para apoiar mais de 17.000 beneficiários, e mais de € 4 milhões em fundos foram destinados a ações concretas somente em 2024.
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