Pesca, Bolton: parceria com WWF e Oxfam para proteger oceanos e direitos humanos

Roma, 24 de junho (Adnkronos) – 'Juntos por um impacto positivo', o evento organizado por Bolton, WWF e Oxfam para contar os resultados concretos alcançados no contexto de parcerias transformadoras para uma pesca mais sustentável, para a proteção dos oceanos e para a proteção dos direitos humanos ao longo de toda a cadeia de produção, ocorreu hoje no IBM Studios em Milão.
O evento também foi ocasião para anunciar a renovação das duas parcerias até 2028, com novos objetivos.
“Hoje, uma empresa que deseja atuar na sustentabilidade de forma concreta, abordando-a em todas as suas dimensões, deve assumir a responsabilidade pelo seu impacto: não apenas melhorar seu desempenho, mas contribuir ativamente para uma mudança mais ampla e sistêmica – comenta Luca Alemanno, CEO da Bolton Food – Para a Bolton, a sustentabilidade é parte integrante da forma de fazer negócios, apoiada por uma visão que olha para o longo prazo, para a solidez dos valores, para a criação de valor que perdura no tempo”.
"Os grandes desafios ambientais que o Planeta enfrenta exigem respostas imediatas, corajosas e, acima de tudo, coletivas. Como WWF, sempre acreditamos no valor das colaborações estratégicas com o mundo empresarial, desde que sejam baseadas em compromissos concretos e mensuráveis", comenta Alessandra Prampolini, diretora geral do WWF Itália. "Em um mundo marcado por crescentes desigualdades, é essencial que as empresas assumam um papel ativo na promoção dos direitos humanos, da equidade e da inclusão ao longo de suas cadeias de suprimentos", afirma Roberto Barbieri, diretor geral da Oxfam Itália.
COMPROMISSO COM A PESCA SUSTENTÁVEL E A PROTEÇÃO DOS OCEANOS – A renovação pela terceira vez consecutiva e pelos próximos 4 anos da parceria entre a WWF e a Bolton com a sua Unidade de Negócios Alimentares (que inclui marcas como Rio Mare e Saupiquet) estabelece uma das colaborações mais avançadas e duradouras entre uma empresa e uma ONG internacional no setor pesqueiro. A jornada, que começou em 2017, envolveu primeiro o desenvolvimento de um roteiro para tornar toda a cadeia de suprimentos mais sustentável. Em 2024, 99,7% do fornecimento de atum da empresa virá de fontes responsáveis, ou seja, de atividades pesqueiras certificadas pelo MSC (Marine Stewardship Council) ou de Projetos de Melhoramento da Pesca (FIP) credíveis e robustos. Também foram conduzidas atividades de advocacy junto a decisores e instituições a nível global que lidam com a gestão dos oceanos e atividades pesqueiras para os pressionar a implementar ações concretas para proteger a saúde dos estoques de atum e melhorar a rastreabilidade, a transparência e a conservação dos mares.
Além disso, hoje, 100% dos produtos de atum das marcas Rio Mare e Saupiquet são totalmente rastreáveis "do mar à mesa", com informações compartilhadas em tempo real com os consumidores. Desde 2018, também são realizadas atividades de comunicação e conscientização voltadas aos consumidores, por meio da iniciativa "Juntos pelos Oceanos", que envolveu 11 países e se tornou um projeto educacional na Itália, aprovado pelo Mim (Ministério da Educação e Mérito), que atingiu 70% das escolas primárias italianas em 6 anos. Por fim, iniciativas de conservação e proteção da biodiversidade foram apoiadas, incluindo um projeto para proteger 8 mil hectares de manguezais no Equador.
Nos próximos 4 anos, a parceria expandirá seu escopo para incluir não apenas o atum usado nas marcas da empresa, mas todo o atum que a Bolton adquire, passando de aproximadamente 130 mil para 700 mil toneladas por ano. Isso aumentará a sustentabilidade de aproximadamente 12% do atum capturado em todo o mundo. Quanto ao abastecimento sustentável, a empresa está comprometida em ter pelo menos 95% do atum que compra em conformidade com os novos critérios de pesca sustentável estabelecidos na parceria até 2028. Esses critérios são baseados nos mais altos padrões internacionais já existentes (como a certificação MSC ou as medidas de conservação da ISSF - International Seafood Sustainability Foundation) e se preocuparão com a saúde e a abundância dos estoques e sua gestão responsável. A ambição é ser capaz de criar um modelo de referência que também seja um patrimônio para o aprimoramento de toda a indústria. Além disso, até 2030, a Bolton pretende ter 100% do atum do Rio Mare proveniente exclusivamente de pescarias certificadas pelo MSC.
COMPROMISSO COM A PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS AO LONGO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS – Durante a colaboração, a Bolton e a Oxfam trabalharam juntas para analisar as políticas da empresa sobre proteção dos direitos humanos, a fim de aprimorá-las e fortalecê-las. Durante os 4 anos de trabalho conjunto, o impacto sobre os direitos humanos também foi avaliado em três das principais cadeias de suprimentos de atum da Bolton: Equador, Marrocos e Colômbia (em andamento), por meio da metodologia de Avaliação de Impacto em Direitos Humanos (Hria) da Oxfam. Uma parte fundamental das atividades relacionadas às avaliações é o desenvolvimento e a implementação de planos de ação trienais voltados à prevenção, mitigação e remediação dos impactos reais e potenciais identificados pela Oxfam.
Para continuar a impulsionar essa mudança, a Oxfam e a Bolton estão renovando sua colaboração pelos próximos 4 anos (2025-2028), com o objetivo de dar continuidade ao processo de análise por meio da Avaliação de Impacto em Direitos Humanos em outras regiões extremamente relevantes para a Bolton, como a Indonésia. A Oxfam também continuará apoiando a Bolton na implementação dos planos de ação desenvolvidos nos países já analisados (Equador, Marrocos e Colômbia), que incluem o tema da igualdade de gênero e diversidade, a promoção da liberdade de associação, o acesso a mecanismos de reclamação e reparação e um salário digno.
Além disso, a Bolton continuará implementando seu sistema de due diligence, desenvolvido com o apoio da Oxfam, com o objetivo de verificar e monitorar o cumprimento de suas políticas em toda a cadeia de suprimentos. Por fim, a Oxfam acompanhará a empresa para aproveitar oportunidades de advocacy pública que possam impulsionar todo o setor a adotar este novo rumo de sustentabilidade social e proteção dos direitos humanos nas cadeias de suprimentos globais.
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