Cubo Maritime & Port impulsiona inovação no setor portuário

Hub conecta startups a grandes empresas e impulsiona projetos de descarbonização, automação e tecnologia digital

O Cubo Maritime & Port, hub setorial do Cubo Itaú em parceria com Wilson Sons, Porto do Açu e Hidrovias do Brasil, comemora três anos de atuação conectando grandes corporações a startups do setor marítimo e portuário. Entre os destaques está a aquisição da HidroMares pela suíça SGS, resultado da conexão feita no evento Portos ao Cubo, que se consolidou como principal arena de inovação do setor, reunindo mais de 400 participantes por edição.

O hub tem liderado iniciativas de sustentabilidade e tecnologia. Em teste inédito na América Latina, Wilson Sons, Porto do Açu, efen e Vast abasteceram rebocadores com HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), biocombustível de segunda geração capaz de reduzir até 90% das emissões de CO₂ em comparação ao diesel marítimo. Cerca de 30 m³ de HVO foram usados para avaliar desempenho, consumo e emissões em operação real, com previsão de migrar toda a frota de rebocadores até 2026. Outro projeto, em parceria com a Repsol Sinopec Brasil, transforma CO₂ capturado do ar em combustível de baixa emissão, criando um ciclo sustentável para operações marítimas e portuárias.

A tecnologia digital também tem ganhado espaço no setor. A Hidrovias do Brasil desenvolveu o projeto Smart Shipping em parceria com a Technomar, integrando sensores e monitoramento em tempo real com base em um gêmeo digital da hidrovia. A iniciativa busca tornar a logística fluvial mais eficiente, automatizada e confiável, comparável à indústria aérea. Paralelamente, a Wilson Sons testou drones da Speedbird Aero para entregas e coletas em embarcações no Porto de Salvador, marcando um avanço inédito na automação portuária brasileira.

Em três anos, o Cubo Maritime & Port conectou 21 startups que atuam em logística, navegação, automação e rastreabilidade, gerando mais de R$ 213 milhões em faturamento em 2024. O ecossistema criado pelo hub atrai investimentos, novos empregos e digitaliza operações críticas, comprovando o potencial econômico e tecnológico da inovação aberta no setor portuário.