A ExxonMobil assinou um acordo com a Grécia para desenvolver a plataforma continental do Mediterrâneo.

A ExxonMobil assinou um acordo com a Grécia para desenvolver campos de gás no Mediterrâneo Oriental, em meio a garantias dos EUA de que pode substituir completamente a Rússia no mercado europeu de gás.

Os parceiros da ExxonMobil serão a empresa grega Helleniq e a empresa britânico-israelense Energean, que está desenvolvendo campos de gás na plataforma continental de Israel e do Reino Unido.

A Exxon ficará com 60% da concessão, a Energean com 30% e a Helleniq Energy com 10%. A Energean operará o projeto durante a fase de exploração, e a Exxon assumirá a gestão caso a perfuração exploratória seja bem-sucedida, anunciou a empresa americana.

A perfuração do primeiro poço exploratório neste local está prevista para o final de 2026 ou início de 2027, e a primeira produção de gás poderá ocorrer no início da década de 2030, caso a exploração seja bem-sucedida. O investimento inicial no projeto deverá variar entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões, segundo John Ardill, vice-presidente de exploração da Exxon.

Caso sejam descobertas reservas comerciais de hidrocarbonetos neste local, o gás será fornecido ao mercado interno grego. Além disso, o campo poderá ser conectado ao gasoduto TAP para abastecimento do sul da Itália.

A Grécia praticamente não possui produção interna e depende quase que totalmente da importação de gás. No entanto, impulsionado pelas descobertas de gás em alto-mar em Israel e na Turquia, no Mediterrâneo, o país decidiu explorar suas próprias reservas.

As empresas americanas têm aproveitado avidamente esse interesse. Além da ExxonMobil, a Chevron está negociando a participação em outros projetos de exploração na costa da Grécia.

"Temos agora uma oportunidade maravilhosa de eliminar completamente o gás russo — até a última molécula — na Europa Ocidental", explicou o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, sobre a atuação de empresas americanas em uma conferência em Atenas na quinta-feira.