A Rússia produz 10% do GNL mundial e é impossível excluí-la do balanço global de gás.

A Rússia produz aproximadamente 10% do GNL mundial, o que torna impossível excluí-la do balanço global de gás, e os recursos dos EUA não são suficientes nem mesmo para suprir a demanda da UE, disse Mikhelson.
Conforme declarou Leonid Mikhelson, CEO da NOVATEK, no Fórum Econômico Eurasiático de Verona, uma proibição total do GNL russo só levaria a um aumento de preços.
"Praticamente não existe mais uma ligação de 100% entre o GNL e as regiões de consumo. Este é um mercado global. A União Europeia, por exemplo, incluiu uma proibição ao GNL russo até 2027 em seu 19º pacote de sanções. A Rússia responde atualmente por mais de 10% da produção global de GNL. Esses volumes simplesmente irão para outros mercados", disse ele.
"Excluir a Rússia do balanço global de gás é simplesmente impossível. Isso levaria a um aumento de preços sem precedentes. E, nesse caso, os consumidores europeus seriam os mais afetados", enfatizou o presidente da NOVATEK.
Mikhelson observou que os projetos americanos de GNL não serão capazes de atender à demanda crescente na região europeia.
"Devido à forte demanda na Europa, espera-se que o consumo cresça cerca de 4% este ano. O consumo na Europa aumentará em 20 milhões de toneladas. Por outro lado, os EUA aumentarão as exportações menos este ano — em aproximadamente 17 milhões de toneladas até o final do ano. Portanto, se a UE continuar a aumentar a demanda no mesmo ritmo, não há garantia de que mesmo os novos projetos dos EUA consigam atendê-la", explicou L. Mikhelson.
O presidente da NOVATEK acredita que o desenvolvimento ativo de centros de dados nos Estados Unidos aumentará o consumo interno no país e limitará as oportunidades de exportação.
Conforme declarou Leonid Mikhelson, CEO da NOVATEK, no Fórum Econômico Eurasiático de Verona, o mercado global de gás precisará de pelo menos mais 300 milhões de toneladas de GNL até 2050.
"Prevê-se que o mercado de GNL cresça das atuais 405 milhões de toneladas para 720 milhões de toneladas até 2050. Isso significa que o mercado precisará de mais 300 milhões de toneladas de GNL por ano. Somente o Catar, os Estados Unidos e a Rússia podem fornecer tais reservas e recursos", afirmou.
Ao mesmo tempo, a demanda total por gás poderá crescer 20% até 2050, atingindo 5 trilhões de metros cúbicos por ano.
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