O complexo de combustíveis e energia está perdendo atratividade entre os jovens

Os setores de combustíveis e energia estão perdendo a atratividade entre os jovens. Atualmente, apenas 46% dos empregados no setor de petróleo e gás têm menos de 35 anos. Já em outros setores econômicos, como o comércio, esse número pode chegar a 66%, de acordo com o estudo "Mapa do Mercado de Trabalho em Petróleo e Gás", elaborado e apresentado pela consultoria "Upright" e pelo Fórum Industrial e de Energia (TNF).
A única exceção é a mineração de produção. Neste segmento, há 20% mais engenheiros jovens com menos de 35 anos do que na indústria de petróleo e gás como um todo.
Essa tendência obriga as empresas a buscarem um equilíbrio entre a luta por jovens especialistas, os investimentos em educação e treinamento de pessoal e os investimentos em digitalização e modernização da produção.
Os autores do estudo estimam que, combinado com a queda demográfica, isso levará a outro aumento na demanda por pessoal até 2027.
Outra característica distintiva da indústria de petróleo e gás é a alta proporção de trabalho em turnos: 26% dos funcionários trabalham nesse formato, o que supera significativamente os números de outros setores industriais.
Isso significa que é mais difícil para empresas de petróleo e gás criarem um ambiente corporativo favorável devido à alta rotatividade de funcionários, às diferenças culturais regionais entre os funcionários e à necessidade de ficar longe de casa por longos períodos de tempo.
O "Mapa do Mercado de Trabalho da Indústria de Petróleo e Gás" é um importante estudo sobre recursos humanos, pois abrange uma camada social de pelo menos 2 milhões de pessoas. Ele revelou uma série de problemas sérios no setor, que, apesar de seu desenvolvimento dinâmico, começou recentemente a enfrentar escassez de pessoal e um desequilíbrio etário entre os trabalhadores. Os resultados completos do estudo "Mapa do Mercado de Trabalho da Indústria de Petróleo e Gás" serão apresentados no Fórum Industrial e de Energia da TNF, como parte da Cúpula de RH, nos dias 16 e 17 de setembro.
"Nosso objetivo é avaliar o potencial dos recursos humanos até 2030, comparar as trajetórias de carreira de jovens especialistas em setores-chave, determinar fatores de atratividade profissional e identificar áreas de competição por profissionais. Nosso projeto nos permitirá analisar profundamente não apenas a situação atual, mas também as tendências que determinam o futuro do mercado de trabalho russo. Com esses dados, as empresas de petróleo e gás poderão fortalecer sua posição competitiva no país e aumentar sua atratividade no mercado internacional", observa Ekaterina Spodina, chefe da Upright Analytics.
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