O número de grandes incêndios deste ano já supera a média da última década.

Madri, 8 de agosto (EFE).- O número de grandes incêndios — aqueles que queimam mais de 500 hectares — ocorridos na Espanha neste ano já totaliza 14, superando a média da última década, segundo dados do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (MITECO).

O departamento atualizou os dados sobre incêndios florestais registrados de 1º de janeiro até o último domingo, 3 de agosto (portanto, ainda sem incluir os registrados esta semana). Isso também revela que a área afetada pelo fogo (quase 40.000 hectares até agora neste ano) é muito menor do que a média dos últimos dez anos (62.235 hectares).

Rápidos, intensos e imprevisíveis: assim são os incêndios de sexta geração, como o de Lleida.

O número de grandes incêndios deste ano – 14 – já é um dos mais altos registados neste período, sendo apenas superado pelos ocorridos em 2022 (41), em 2017 (16) e em 2023 (16 incêndios).

Menos incêndios do que a média

Dados provisórios compilados pelo Ministério com informações fornecidas pelas comunidades autônomas mostram que o número de incêndios incipientes (aqueles que não queimam um hectare) foi de 3.274 neste ano, em comparação com a média de 3.852 dos últimos dez anos; e o número de incêndios (aqueles que queimam mais de um hectare) foi de 1.461, um número muito inferior à média da última década (2.113).

A área florestal queimada desde 1º de janeiro é de 9.371 hectares, contra a média de 21.826 hectares dos últimos anos; a área de matagal e bosque aberto queimado é de 18.265 hectares, número bem menor que o dos últimos anos (33.927); e a área de pastagens e várzeas queimadas é de 11.518 hectares, número quase o dobro da média dos últimos dez anos.

50% nas áreas do interior

As informações atualizadas do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais (MITECO) mostram que 39,96% dos incêndios ocorreram nas regiões do noroeste (Galiza, Astúrias, Cantábria e as províncias de Leão e Zamora); 35,27% ocorreram nas regiões do interior (incluindo o País Basco e as províncias das outras comunidades autônomas não costeiras, exceto Leão e Zamora); 24,44% ocorreram nas comunidades do Mediterrâneo (incluindo suas províncias do interior); e 0,34% ocorreram nas Ilhas Canárias.

Da área florestal total afetada, 50,41% estão localizados em comunidades do interior; 20,30% em comunidades do Mediterrâneo; e 29,06% em comunidades do noroeste, de acordo com dados do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico.