APS envia cronograma de obras em acessos terrestres no valor de R$ 1,4 bi à Antaq

Investimento será aplicado em obras de infraestrutura que visam melhorar os acessos terrestres do maior porto do país
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) confirmou o recebimento do cronograma físico e financeiro da Autoridade Portuária de Santos (APS) referente às obras voltadas aos acessos terrestres no Porto de Santos, o maior do país. O investimento será de R$ 1,4 bilhão em melhorias.
Em março deste ano, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) denunciou atrasos nos investimentos previstos para melhorar os acessos terrestres e apresentou à agência reguladora um documento afirmando que a APS já teria arrecadado os valores necessários para a execução das obras, mas seguia sem cumprir os prazos estabelecidos.
Questionada, a APS afirmou, em nota, que enviou o novo cronograma físico e financeiro no dia 9 de maio. Frisou também que o documento enviado à Antaq foi elaborado em conjunto com o Sopesp.
A APS não informou ao BE News os valores que serão investidos em cada uma das obras.

O Sopesp afirmou que a APS já teria arrecadado os valores necessários para a execução das obras de infraestrutura, mas que os prazos estabelecidos não foram cumpridos. Foto: Divulgação/APS
Penalidade
Ao apresentar a denúncia referente ao atraso do cronograma de obras, o Sopesp sugeriu a suspensão da cobrança das tarifas referentes à Tabela 3, que trata da infraestrutura operacional e terrestre do complexo portuário.
Entre as obras citadas pelo sindicato estão: Avenida Perimetral da margem esquerda, em Guarujá; melhorias no acesso à Ilha Barnabé, também na margem esquerda; e intervenções na Avenida Perimetral da margem direita, em Santos.
Na reunião da diretoria da Antaq, realizada em 13 de maio, a relatora do processo, Flávia Takafashi, acolheu o pedido de renovação do prazo de 15 dias, feito pela APS, para envio da documentação necessária solicitada pela agência reguladora. Agora, com a confirmação da Antaq sobre o recebimento dos documentos, o prazo foi encerrado.
Takafashi havia afirmado em seu voto que, caso a APS descumprisse o novo prazo estipulado, haveria suspensão de cobrança das tarifas da Tabela 3.
O diretor-presidente da APS, Anderson Pomini, declarou que “atual gestão está resolvendo o que os antecessores não fizeram durante quatro anos”. Afirmou ainda que o plano de investimentos para as obras necessárias ficou em segundo plano, uma vez que a gestão passada tinha como meta a privatização da administração do Porto de Santos.
portalbenews