Southampton é o quarto destino da comitiva da ATP

Porto é o segundo em movimentação de contêineres do Reino Unido
A comitiva da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP) chegou em um dos portos mais antigos do Reino Unido. A primeira doca de Southampton foi inaugurada em 1843. O Porto fica na costa sul da Inglaterra, e tem fácil acesso a três aeroportos.
Os números chamam a atenção. O terminal de contêineres, operado pela DP World, movimenta quase 2 milhões de TEUs por ano. É o segundo com maior movimentação do Reino Unido. “É um porto que estrutura os negócios com viabilidade, portanto, embora operações absolutamente distintas, elas se conectam quando se trata da infraestrutura, sobretudo as infraestruturas de acesso”, disse o diretor-superintendente da Portonave, Osmari Castilho.
O Porto de Southampton é o que mais recebe mercadorias importadas da China. Quase metade de todos os contêineres que chegam no terminal vêm do gigante asiático. O terminal também é importante na recepção de cargas do Leste Europeu, Ásia Central, América do Norte e América do Sul.
O coordenador da Vale, Roberto Almeida, ficou impressionado com a tecnologia do porto. “Fiquei contente de ver a operação dos RTGs, equipamento que nós não temos no Brasil. E que traz para os contêineres as pilhas, até a beira do cais.
Southampton tem 45 berços. A profundidade chega a 17 metros, o que permite receber qualquer navio em operação. O Porto tem conexões ferroviárias, com movimentação rápida de cargas. O terminal de cruzeiros é o mais movimentado do país. Mas por causa das rotas diretas de ferrovias e rodovias, os passageiros ficam pouco tempo no terminal, com embarques rápidos e eficientes.
O Porto também é o que mais movimenta automóveis no Reino Unido A movimentação é feita principalmente por meio do sistema Roll-on Roll-off, onde os automóveis são conduzidos para fora do navio e levados para áreas de armazenamento e inspeção.
“Nós vemos que tem uma gama de terminais retroportuários Aqui eles ficam dentro da zona portuária, mas não na linha do cais, então são armazéns automatizados. A gente vê uma operação da Coca-Cola aqui que realmente é impressionante. Eles automatizaram esse terminal há 20 anos. E pra gente é como se fosse uma novidade”, disse o CEO do Porto de Itapoá, Ricardo Arten.
O assessor da presidência da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ilques Barbosa, acredita que a experiência em Southampton pode ser levada para os portos brasileiros. “Estamos trilhando um caminho de constante aprimoramento. Podemos fazer mais, com maior dinâmica. Podemos e devemos, porque a dinâmica exterior está mais rápida que a nossa. Eles estão avançados em questões de dragagem, em integração de sistemas modais, logística melhor conectadas. Ainda temos um bom caminho, uma boa navegação pela proa”, concluiu Ilques.
portalbenews